CONVERSAS PSICANALÍTICAS COM O DR. EDUARDO BAUNILHA
O maior inimigo da mente iconoclasta
Conversamos sobre Branch Rickey,
o iconoclasta que descobriu Jackie Robinson. Todavia é a história de Jackie que
ilustra como a coragem faz com que o maior inimigo da mente iconoclasta seja banida
de nossas vidas.
Jackie Robinson cresceu sem pai,
pois este abandonou ele e sua mãe quando tinha apenas 6 meses de vida. A mãe
foi morar perto de parentes, o que foi muito bom. Porém, cresceu com as dores
da discriminação. O que é curioso é que esta dor não o impediu dele fazer
aquilo que desejava.
Parece que as palavras de Rosa
Parks ressoou em seus ouvidos: “quando a mente toma uma decisão, isso diminuiu
o medo”. Assim foi que Jackie Robinson conseguiu vencer o maior inimigo da
mente de um iconoclasta: o medo.
É claro que o processo não foi
fácil. Recebeu uma bolsa de estudos na UCLA e em dois anos abandonou. Não
acreditava que a educação poderia propiciar um emprego decente para um negro.
Se alistou, foi para Pearl Harbor, mas não teve uma boa experiência por lá. Descobriu
de outra maneira como os negros são tratados, principalmente quando têm que
sentar em assentos diferenciados.
Foi nesta época que surgiu Branch
Rickey. Robinson aceitou o convite sabendo que não havia muito altruísmo, mas
entendeu que esta seria a única forma dele poder mostrar que um negro poderia
jogar em uma liga principal. Para tanto, foi necessário muita coragem.
Primeiro Rickey teve que lutar
muito para tê-lo no time. Depois alguns hotéis não aceitavam a equipe por causa
dele; sua mulher e filho foram ameaçados e ele recebeu dezenas de cartas
xenófobas. Mas ele persistiu. No meio deste vendaval, seus companheiros de
equipe o defenderam. Não porque ele era negro, mas porque ele fez com que o
time conquistasse o título naquele ano.
Evidentemente que o medo pode nos
proteger, mas neste caso específico o medo seria limitador de um jogador que se
tornaria um ícone do esporte para todos o sempre.
O medo também atrapalha a mente
iconoclasta, pois causa mudanças na parte do cérebro que é responsável pela
tomada de decisões.
Então, o que devemos fazer? Volte
na proposição de Rosa Parks e analise a vida de Jackie Robinson resumidamente
descrita aqui, que encontrará a resposta para tal pergunta.
Um
fortíssimo abraço para você!
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