O agro não
para de crescer. Segundo a CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento), a
produção de grãos para a safra 2020/2021 está estimada em 271,8 milhões de toneladas,
o que representa aumento de 5,7% se comparado com a safra anterior. Já o VPB (Valor
Bruto da Produção Agropecuária) atingiu em maio o patamar de R$ 1,11 trilhão.
Mas esse crescimento não acontece sem enfrentar alguns obstáculos pelo caminho.
Recentemente,
tivemos cerca de 70% da safrinha de milho sendo plantada fora da janela ideal
devido à falta de chuva, o que diminuiu a produção esperada em pelo menos 10
milhões de toneladas, segundo especialistas do mercado. Isso faz com que o
mercado fique apreensivo para a próxima safra que está chegando.
Diante
desse cenário, os recursos tecnológicos, cada vez mais aplicados no setor, têm
contribuído para a redução de problemas e prejuízos. A tecnologia se mostra
essencial no campo e nas operações financeiras do agro.
Da mesma
maneira que ela torna possível, por exemplo, prever a variação climática em
determinadas regiões durante os próximos meses, hoje também já temos recursos
totalmente eficazes para acompanhar uma safra desde o início da plantação até a
colheita, trazendo segurança para os distribuidores de insumos, principalmente
relacionado com as garantias de uma venda a prazo.
Um bom
exemplo é o uso do monitoramento via satélite juntamente com outras
tecnologias. Através desses recursos, o distribuidor de insumos tem informações
constantes e exatas das áreas plantadas e é possível conter uma possível
inadimplência.
Antigamente,
o monitoramento das lavouras era feito exclusivamente através das visitas a
campo, mas o problema é que apenas parte da plantação era visitada, devido ao
tamanho da área total plantada, abrindo espaço para prejuízos. A falta de
presença no campo gerava problemas como o não plantio e até mesmo um
possível desvio de produção.
Quais as vantagens de usar a
tecnologia para monitorar as lavouras?
Com o
monitoramento via satélite e o processamento das informações, o distribuidor
tem a visão total da área da garantia, recebendo atualizações constantes sobre
o andamento da safra. Assim é possível prever riscos de quebra de produção e,
através de negociações com o produtor, garantir o pagamento do que foi
acordado.
A Terra Magna,
por exemplo, realiza a análise e monitoramento de lavouras por meio de um
sistema próprio que utiliza satélites, inteligência artificial e dados complementares.
Distribuidores podem acompanhar toda a lavoura, desde antes do plantio até a
colheita, permitindo que sejam tomadas decisões ainda em tempo safra.
“Não é
mais necessário trabalhar apenas com uma amostragem da área, uma vez que os
satélites têm o potencial de analisar uma área como a do Estado do Mato Grosso
inteiro em cerca de 40 minutos. Dessa maneira, a visita presencial do agrônomo
é otimizada, sendo necessário que ele apenas constate problemas apontados, não
que fique procurando por eles”, explica Bernardo Fabiani, especialista em
concessão de crédito para o agronegócio e CEO da TerraMagna.
Se
preparar para a próxima safra é essencial para que o agro continue sendo o
braço forte da economia brasileira. A tecnologia traz segurança e benefícios
para toda a cadeia produtiva. Com ela, os distribuidores têm mais controle e
tranquilidade com as suas garantias, incentivando a concessão de mais crédito
para os produtores rurais através das vendas a prazo, fortalecendo assim toda a
produção agrícola.
Nenhum comentário:
Postar um comentário