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Filme experimental de Betinho Neto aborda a violência doméstica, que afeta mais de 35 mil crianças brasileiras

Filme experimental de Betinho Neto aborda a violência doméstica, que afeta mais de 35 mil crianças brasileiras


 

Foram registrados quase 140 mil casos de violência contra crianças e adolescentes. É um número crescente, a cada ano que passa, de crianças sendo mais agredidas. As mais recorrentes são as que violam suas integridades, como violência física - maus-tratos, agressão e insubsistência material - e violência psicológica - insubsistência afetiva, ameaça, assédio moral e alienação parental - conta site do Governo Federal

“A minha primeira lembrança de infância sou eu apanhado”. Há coisas que não desaparecem, entre elas está a violência. A aversão à violência é algo que não faz parte da idade moderna.

O filme experimental ABISMO - MINHA HISTÓRIA DE VIOLÊNCIA conta parte das vivências do autor e ator Betinho Neto, onde a partir das suas histórias traça uma linha imaginária entre ele e o público, trazendo a pauta da violência para o centro da discussão e as suas consequências na vida adulta.

O assunto nunca saiu da pauta do país. O Brasil é o 9º país mais violento do mundo, segundo a OMS. De acordo com a agência da ONU, a cada 100 mil pessoas, 31,1 são mortas e isso estamos falando apenas da violência física, se expandirmos o assunto iremos aumentar em muito essas estáticas.

Em um cenário desconcertante para criar um ambiente que seja identificado como a cabeça da personagem, Betinho revisita a sua história em capítulos. Começa falando da infância, depois da adolescência, coloca seus medos e aflições. Seu irmão, Robson de Moura, faz a sua versão adolescente no filme, revivendo momentos chaves.

Em um papo com o público, Betinho conta tudo que viu e viveu, a tensão cresce e leva o público a discutir sobre o tema central.

Esse projeto investigativo de experimentação cênica também é um relato/denúncia aos tipos de violências que vivenciamos durante toda a nossa vida. Separados por capítulos, Betinho navega por situações de extrema violência para alertar das suas consequências. No filme, o ator fala sobre violência doméstica, ataques homofóbicos, entre outros.

É importante lembrar que a violência no ambiente familiar não pode ser reduzida apenas ao plano físico, nesse ambiente as agressões vão desde um apelido inocente até chegar a agressões físicas. A ideia de violência física associada a criminalidade faz com que a violência simbólica passe despercebida. Existem diversos tipos de violência além da física: psicológica, moral, sexual e patrimonial. Todas elas têm uma resposta no indivíduo.

Betinho Neto, o artista de Santos, teve a sua participação como autor e diretor na peça Cartas para Satã dentro da mostra MIRADA do Sesc Santos. Na Baixada Santista, atuou como diretor de arte de eventos em teatros e cinemas, como: o Curta Santos, Motim, Festa da Música, Festa e o Sansex. Durante dez anos foi responsável pela produção gráfica de mais de 20 espetáculos nas cidades de São Paulo, Santos, São Vicente, Guarujá, Praia Grande e Cubatão.

 

Em 2020, lançou três projetos, a websérie IN_CÔMODO contemplada com o edital PROAC feita totalmente remota, o programa de entrevistas TODO MUNDO… QUEM? e o livro VULGAR com André Medeiros Martins e Hudson Carvalho. Com ABISMO, Betinho foi indicado a melhor ator e ganhou prêmio de melhor texto inédito no FESCETE - Festival de Cenas.O filme da Sanatório – Produção Criativa, mesma realizadora do projeto Revista Sanatório Geral, revista online de 10 anos que  já contou com colaborações de Laís Bodanzky, Gero Camilo, Allan Sieber,Xico Sá, Marina Person, Eduardo Srur, Ana Caiado, Teatro Oficina, Ana Maria Braga, Gloria Groove, Renata Carvalho, Preta Gil, Beto Volpi, Eva Wilma, Raíssa Bittar, Marta Suplicy, Laura Muller, Evandro Mesquita, Palmirinha, Onofre, Syang, Elisa Reimer, Eliza Capai, Rafo Castro, Ludmila Rossi, Fernando Carpaneda, Andre Fischer, Alexandre Borges, entre outros.

Tem a direção do cineasta  Nildo Ferreira, direção de ator da atriz Rosane Paulo e foi contemplado com o edital da Lei Aldir Blanc da cidade de São Paulo, da Secretaria Municipal de Cultura/Prefeitura Municipal de São Paulo e do Governo Federal. Ainda participam da ficha técnica do filme: Andre Leahun, Marcia Marques, Robson de Moura, Saymon Souza, Rodrigo Morales e outros.

 

 SERVIÇO:

Estreia: 19.08 no youtube da Sanatório - Produção Criativa (https://bityli.com/G5Ig1)

21,22 e 23 re- exibições com bate-papo após apresentação no google meeting com link divulgado no dia!

 

20h

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